OS 100 ANOS DE ADEMILDE FONSECA, A RAINHA DO CHORO
Quem não se lembra de Daiane dos Santos dando o seu “duplo twist carpado”, nas Olimpíadas de Atenas, ao som de Brasileirinho (Waldir Azevedo) em 2004? A música em questão foi imortalizada nos anos 40, em versão cantada, por ninguém menos que Ademilde Fonseca, que se viva estivesse, teria completado 100 anos no último dia 04.
Contemporânea das Rainhas do Rádio Emilinha Borba e Marlene, a potiguar nascida em São Gonçalo do Almirante consagrou-se como a Rainha do Choro, gênero que sempre foi a sua marca registrada, com um repertório formado por clássicos como “Tico-tico no fubá” (Zequinha de Abreu) “Apanhei-te cavaquinho” (Ernesto Nazareth) e “Noites Cariocas” (Jacob do Bandolim).
Da estirpe de Carmen Miranda, suas interpretações eram naturais, espontâneas e vibrantes, fatores que contribuíram para o seu sucesso. Apesar de nunca ter desfrutado da mesma popularidade que Dalva de Oliveira e Linda Batista; tampouco, do prestígio junto à crítica, do qual gozava Elizeth Cardoso, a grande intérprete de choros, do qual também foi uma das pioneiras, fez história na música brasileira, sendo aplaudida no Brasil e no exterior. Na televisão, brilhou por mais de uma década na extinta TV Tupi. Seus discos venderam em torno de 500 mil cópias.
Não obstante o injusto ostracismo ao qual foi submetida ainda em vida e que perdura até os dias atuais, Ademilde continua viva na alma de quem conhece o seu valor e importância. Trazer à memória o seu nome é dar oportunidade às novas gerações de conhecerem um pouco do que há de melhor na vasta história musical do nosso país. A incrível cantora que nos deixou em 2012 e sua obra são a cara do Brasil e fazem parte da sua identidade. Portanto, viva Ademilde e viva o choro!
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